Plano de Gestão de Manutenção reduz custos
A implantação de um Plano de Gestão de Manutenção de Pavimentos é o principal recurso para manter as rodovias dentro do alto padrão de serventia, evitando que deixem de cumprir sua função de infra-estrutura estratégica, especialmente no caso do Brasil que, apesar da grande dimensão territorial, tem um sistema de transporte majoritariamente rodoviário. As rodovias brasileiras transportam 95% dos passageiros e 80% do valor comercial das cargas movimentadas. Em São Paulo, a situação é ainda mais estratégica, pois estão no Estado mais de 38% da frota nacional de veículos, 28% da frota de caminhões, 22% da população nacional – cerca de 40 milhões de habitantes – movimentando 38% do PIB brasileiro. Sob responsabilidade do DER – Departamento de Estradas de Rodagem, estão 16.800 quilômetros de rodovias, além dos 3.500 quilômetros sob concessão das doze concessionárias que operam no Estado. Nessa malha paulista, trafegam cerca de 50% da frota nacional de veículos. Esses números mostram a importância de uma manutenção de alto padrão de serventia para atender adequadamente a demanda. No entanto, nos últimos anos, as rodovias – especifi camente as que não estão sob concessão e que são, em sua maioria, rodovias secundárias ou vicinais – vêm se deteriorando mais rapidamente do que são reparadas, não atendendo o índice de serventia esperado. Isso se traduz em um custo elevado para o transporte de bens e de usuários. Segundo o padrão técnico vigente, uma manutenção adequada gera pavimentos com conceito bom, caracterizados por apresentarem camada de rolamento em bom estado, sem muitos remendos, e superfície sem ondulações. Uma manutenção defi ciente gera pavimentos com conceito ruim, caracterizados por apresentarem camada de rolamento com muitas irregularidades, buracos, remendos mal executados e ondulações. De acordo com os órgãos ofi ciais de infra-estrutura de transportes, como o DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, quando a evolução funcional de um pavimento muda de um conceito “bom” para “ruim”, devido a uma manutenção deficiente, as conseqüências são: aumento de até 58% do consumo de combustível, aumento de 38% no custo de manutenção dos veículos; aumento de até 100% no tempo de percurso e aumento de até 50% no índice de acidentes. Para evitar esses custos e prejuízos, o Plano de Gestão de Manutenção de Pavimentos (PGM) agrupa um conjunto de dados, cronogramas, orientações, treinamentos, pesquisas e padrões técnicos utilizados para acompanhar e realizar a manutenção, inclusive preventiva, das rodovias. O objetivo principal do PGM é obter a radiografi a da malha viária, através do Valor de Serventia e de tráfego, com a finalidade de equacionar recursos, visando os serviços fundamentais de manutenção com redução dos custos, e racionalização dos investimentos governamentais no setor de infra-estrutura viária.