O que ocorre quando se imprima uma base de SAFL com emulsão betuminosa?
A imprimação deverá ser efetuada, obrigatoriamente, com a utilização de asfalto diluído CM-30 ou CM-70 (asfalto diluído com querosene) o qual, por apresentar baixa viscosidade, infiltra na superfície da base e permite que a parte residual (betume) penetre convenientemente nela. Com a evaporação do solvente, a superfície da base permanece impregnada de betume (produzindo um “solo betume”) e fica, assim, impermeabilizada tanto quanto possível, além de proporcionar uma ligação adequada para tratamentos superficiais que vier a receber. Entre os insucessos com o uso da imprimação com RR-1C ressalta-se o ocorrido, por exemplo, em uma cidade do Estado de São Paulo, onde, após a execução, bases de SAFL foram imprimadas com aquele ligante. Na ocasião, por desconhecimento técnico dos executantes, substituiu-se a imprimação com CM-30, recomendada em projeto, pela emulsão RR-1C. Logo após a imprimação com emulsão, foi executada, a camada de revestimento com tratamento superficial, antes do período das chuvas. Observou-se, apenas ocorrência de pequenos defeitos, como o descolamento do revestimento. Para a surpresa dos executores, no primeiro período chuvoso de uso do pavimento, toda a camada de rolamento se desprendeu da base. Após o ocorrido, os autores deste livro foram consultados e prescreveram para a correção: retirar a camada de revestimento existente, dar novo acabamento na base, imprimar com CM-30 e executar, novamente, toda a camada de revestimento betuminoso. Fonte/ livro: “Pavimentos de Baixo Custo para Vias Urbanas” – Bases Alternativas com Solos Lateríticos (Douglas F. Villibor e outros).
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