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  • O que explica o Bom Comportamento das Bases de SAFL, ALA e SLAD?

O que explica o Bom Comportamento das Bases de SAFL, ALA e SLAD?

  • Postado por Portal de Tecnologia
  • Data fevereiro 5, 2010
  • Comentários 0 comentário

Em meados de 1972, no início do uso das bases referidas, revestidas com tratamentos asfálticos superficiais duplos ou triplos esbeltos (1 a 3 cm), a maior preocupação dos responsáveis pela sua construção era a possibilidade de que, durante o período chuvoso, elas apresentassem defeitos, em especial, a ocorrência do amolecimento de toda a estrutura da base, o que causaria sua ruptura.
O tempo mostrou que tal preocupação era irreal, pois os defeitos esperados não ocorreram. Os pavimentos tiveram um comportamento excepcional, além do esperado, tendo alguns ultrapassado 30 anos de bom desempenho. Os principais fatores que contribuíram para isso foram:

  • Características Mecânicas e Hídricas das Bases de SAFL.
  • Projeto e Técnica Construtiva Específicos de pavimentos com bases de SAFL, que permitem aproveitar as Peculiaridades do Ambiente Tropical Úmido.

a] Características Mecânicas e Hídricas das Bases em questão
 

Essas bases são constituídas por solos de comportamento laterítico com granulometria descontínua e fina (predominantemente sem, ou com pequena fração retida na peneira de 2,00 mm), não atendendo às especificações tradicionais para bases estabilizadas granulometricamente. Apesar disto apresentam, quando compactadas na Massa Específica Aparente Seca Máxima (MEASmáx), da energia intermediária:
 

  • Elevada capacidade de suporte quando de sua execução, CBR (ou Mini-CBR) às vezes ultrapassando 80 %, e manutenção (ou mesmo aumento) desse suporte em serviço, ao longo do tempo.
  • Baixa expansibilidade pelo contacto com a água livre sendo, predominantemente, da ordem de 0,1 %.
  • Elevado Módulo de Resiliência (MR); frequentemente apresentando valores superiores a 200 MPa, tanto em amostras
    compactadas em laboratório, como no campo. Para bases de rodovias típicas do Estado de São Paulo, Alvarez
    Neto (1998) apresenta, na tabela A.5, resultados obtidos a partir de retroanálises de superfícies deformadas, com emprego de FWD. Essas características das bases compactadas são resultantes das peculiaridades mineralógicas e microfábricas inerentes ao solos lateríticos, conforme apresentado na 3ª Questão.

Tabela A.5 Valores obtidos em Pavimentos com Base de SAFL.


 b] Projeto e Técnica Construtiva Específicos e Peculiaridades do Ambiente Tropical Úmido

Os pavimentos com bases de Solo Fino Laterítico, revestidas com tratamentos superficiais e/ou pré misturados esbeltos, fazem com que a estrututura do pavimento trabalhe com uma umidade de equilíbrio baixa (70 a 80 % da ótima), em relação à umidade do Proctor Intermediário. Este fato, ao longo do tempo, leva a base a aumentar seu suporte inicial e a resistir adequadamente ao tráfego, sem apresentar problemas, comparativamente às bases tradicionais. A figura A.14 ilustra a movimentação d’água no pavimento e vizinhança, tanto sob a forma de vapor como líquida, o que leva a uma umidade de equilíbrio baixa, como acima referido.

Figura A.14 Fatores que alteram a umidade  de equilíbrio em bases com predominância de Solo Fino Laterítico.

Observe-se que contribuem para essa umidade de equilíbrio:
 

  • Fatores Naturais da região tropical úmida.
  • Projeto e Técnicas Construtivas apropriadas.

Quanto aos Fatores Naturais, ressalta-se as condições climáticas das regiões tropicais úmidas e a posição do lençol freático:
As condições climáticas predominantes na maior parte do Brasil aquecem, intensamente, o pavimento durante o dia. Isto provoca o estabelecimento de um gradiente térmico entre a superfície da base, onde a temperatura do revestimento betuminoso chega aos 60ºC (sobretudo quando o revestimento é delgado) e o subleito, onde ela se mantém próxima dos 25ºC, dia e noite.
Tal gradiente térmico, por si só, ocasiona o movimento descendente da água, tanto sob a forma líquida, como sob a forma de vapor. Ao anoitecer e durante a noite, geralmente, ocorre inversão do gradiente, o que favorece a subida do vapor d’água; porém esse gradiente é muito menor, comparado com aquele que aparece durante um dia ensolarado.
Observa-se que, em climas frios e temperados frios onde ocorre a precipitação da água sob forma de neve, a movimentação da água sob forma líquida é inversa, podendo a água subir para a base e provocar a formação de gelo. Esse gelo derrete durante a primavera, ocasionando a embebição da base; isto explica a necessidade de se considerar, naqueles climas, a capacidade de suporte e o módulo de resiliência, nas condições saturadas ou muito próximas a elas.
A posição do lençol freático e das camadas aquíferas, também, se constitui em um fator favorável por ser raro estarem a menos de 5 m de profundidade; frequentemente, estão a mais de 10 m.
Evidentemente, para que o gradiente térmico seja efetivo na redução do teor de umidade da base de pavimentos com revestimento betuminoso delgado, é indispensável que sejam satisfeitas algumas condições, referentes ao Projeto e Técnicas Construtivas dos pavimentos, dentre as quais destacam-se:
 

  • Escolha apropriada do solo, conforme as especificações próprias para este tipo de base, que exigem o uso de solos com baixos coeficientes de sorção e de permeabilidade.
  • Compactação apropriada da base, não só em termos de massa específica aparente seca máxima e teor de umidade de compactação e, quanto à sua estrutura, havendo necessidade de utilizar, em seguida, uma série de compactadores apropriados para evitar a formação de lamelas que são estruturas anisotrópicas plano paralelas. Para uma compactação adequada, o conjunto de compactadores, geralmente, é diferente em função do tipo de SAFL.
  • Secagem ou cura da base, o que provoca o trincamento e um aumento irreversível da capacidade de suporte da mesma. Este fato indica uma coesão adequada do solo e garante um comportamento satisfatório da base em serviço. Esta secagem também permite uma movimentação descendente da água, tanto sob a forma líquida como de vapor, e um aumento benéfico da penetração na superfície da base.
  • Imprimadura betuminosa apropriada das faces superior e laterais da base, mas nunca na camada subjacente de reforço do subleito ou do subleito compactado; ela deve ser distribuída, com taxa apropriada, e ter viscosidade que permita uma penetração entre os intervalos de 4 a 7 mm de espessura. Vide 14ª Questão.
  • Acostamento sempre presente, com largura mínima de 1,20 m, devidamente compactado, imprimado e revestido, constituído de solo de baixos coeficientes de sorção e de permeabilidade.
  • Revestimento flexível e o mais impermeável possível, a fim de evitar, ao máximo, a penetração da água pela superfície superior do pavimento. É recomendável que a primeira etapa comece por um tratamento superficial; para recapeamento em etapas posteriores podem-se usar, além do tratamento, concretos asfálticos esbeltos e flexíveis.
  • Drenos apropriados para evitar a presença do lençol freático deixando-o, no mínimo, 1,50 m abaixo do nível do subleito e
    para eliminar o efeito da migração d’água pelo gradiente térmico. Conforme o caso, há necessidade da construção de drenos interceptantes para aquíferos, tanto permanentes, como periódicos (aparecem somente na estação chuvosa), e drenos para rebaixamentodo lençol freático. Geralmente as condições ambientais, existentes nas regiões em que ocorrem os “solos arenosos finos lateríticos”, são muito favoráveis quanto à posição do lençol freático: prevalecem lençol freático e camadas aquíferas, a profundidades superiores a 5 m (frequentemente estão a mais de 10 m).
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